Grupo CPFL volta a atender solicitações de usinas de microgeração, diz ABSOLAR

CPFL Paulista e demais distribuidoras do Grupo retomam pedidos de interligação de rede após mobilização do setor FV
Grupo CPFL volta a atender solicitações de usinas de microgeração, diz ABSOLAR
Foto: Divulgação

O Grupo CPFL voltou a aceitar projetos de energia solar de até 75 kW de potência (microgeração distribuída) após uma série de reprovações terem acontecido com a justificativa de que a instalação de novas usinas estava causando uma inversão no fluxo da rede.

A informação foi compartilhada pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) em suas redes sociais. Segundo a entidade, a volta da aprovação de pedidos abarca todas as distribuidoras da concessionária, como CPFL Paulista, Piratininga, RGE, entre outras.

De acordo com Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR, a recomendação para profissionais que tiveram seus pedidos de conexão negados anteriormente pelo Grupo CPFL é enviá-los novamente para aprovação.

“A nossa luta (da ABSOLAR e de outras entidades do setor solar) não para por aqui. Continuaremos atuando (em Brasília) para reverter todos os casos de inversão de fluxo, sobretudo nas outras distribuidoras que mantêm essa postura”, disse ela.

Inversão de fluxo

A inversão de fluxo na rede de distribuição de energia elétrica ocorre quando a quantidade de energia elétrica injetada, proveniente da geração distribuída, é maior do que a demanda dos consumidores conectados nessa mesma rede, podendo ocasionar sobrecarga, desequilíbrio de tensão e interrupções no fornecimento de energia elétrica.

Porém, o que começou a acontecer no país nos últimos meses foi que uma série de distribuidoras começaram a impor limites de injeção de energia para o consumidor, sob a alegação de que a medida é necessária para contornar os problemas que podem ser causados pela reversão de fluxo de potência.

Em suas disposições, as distribuidoras de energia se apoiaram no Art. 73 da Resolução 1.000 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) que diz: “Caso a conexão nova ou o aumento de potência injetada de microgeração ou minigeração distribuída implique inversão do fluxo de potência no posto de transformação da distribuidora ou no disjuntor do alimentador, a distribuidora deve realizar estudos para identificar as opções viáveis que eliminem tal inversão”.

A primeira concessionária a proibir pedidos de conexão com base na legislação foi a Cemig. Após isso, um efeito em cascata ocorreu e fez com que outras empresas adotassem a mesma postura, como foi o caso do Grupo CPFL. Veja o vídeo abaixo:

Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

3 respostas

  1. Como integrador solar, estou passando por esse problema em Minas Gerais, mais precisamente na cidade de Três Pontas, onde a Cemig teve o displante de liberar uma usina ongrid para injetar somente das 19h as 5h da manhã alegando inversão de fluxo. Espero que em breve a Cemig também possa rever essa política e liberar a usina para funcionar.

  2. todo projeto criado e aprovado pelo poder público. que quando começa a gerar economia para o consumidor temos problemas. foi assim com os veículos a álcool no início, com os veículos a gás e provavelmente teremos problemas com os veículos eletrônico. quando a população abraço um projeto que parece ser bom, aparece alguém desconte para tentar atrapalhar. que a direção da CPFL seja justa e não pense em dificultar consumidores que querem renovar. abraço.

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